Sua história

Firmina Alves de Oliveira, nasceu no dia 27 de dezembro de 1910.  Filha de Firmino José da Silva e Maria Alves de Oliveira.

Firmina é neta de José Manoel da Silva. Filha de seu 13° filho.

Casou em 15 de junho de 1932 com José Pinto Filho. 

José Pinto nasceu em 25 de outubro de 1900.
Filho de José Pinto Coelho e Anna Joaquina do Espirito Santo.

Esta foto é de José Pinto Filho e sua mãe Ana Joaquina do Espirito Santo .

 Essa foto foi passada por José Antônio da Silva, sobrinho de José Pinto. José Antonio da Silva  é filho de Divina Laura de Jesus e Antonio Marciano da Silva. Antonio Marciano é filho de  Maria Salomé, quinta filha de José Manoel da Silva. 


Após o casamento eles foram morar na fazenda Macaúba, de propriedade do avô de José Pinto Filho, pai de José Pinto Coelho, na localidade de conhecida por Morro dos Pinto.

Morando nesta fazenda eles tiveram três filhos.

Nair Alves da Silveira, nascida em 24 de junho de 1933.
Geni Alves de Oliveira Lima, nascida em 31 de outubro de 1934.
Maria Firmina de Oliveira, nascida em 07 de junho de 1936.

A tradição religiosa da família é que quando o filho nasce, tem que ser batizado. E naquela época o documento de batismo já era um documento da criança.
A Nair Alves de Oliveira ao ser batizada teve como padrinhos seus avos maternos Firmino e Maria Alves e também sua tia Francisca irmã de Sua mãe.
A Geni Alves de Lima seus padrinhos foi seu tio Secundino e a esposa Flosina.
A Maria Firmina de Oliveira seus padrinhos de batismo foram seus tios maternos  o Antônio Firmino e a esposa Zizelda e de crisma sua tia paterna a Isabela e o esposo João.



 Firmina e José Pinto mesmo trabalhando muito, mas como ate hoje as coisas não é fácil, eles estando em uma localidade a qual não oferecendo muito futuro. Eles pensando em um futuro melhor para a nova geração planejavam encontrar um lugar mais promissor para criar os filhos.

José Firmino também tinha casado em 20 de setembro de 1933 com Divina Conceição de Jesus. Eles foram morar na Fazenda Capão, localizada na cabeceira do córrego Fradique. Mesmo trabalhando muito, mas como, até hoje, as coisas não são fáceis, eles tendo um pequeno sitio o qual não oferecendo muito futuro e querendo um lugar melhor para criar sua família.

Após Firmina e José Pinto, juntamente com o seu irmão o José Firmino se comunicarem e expondo seus objetivos planejaram mudar para Goiás. Goiás estava passando por uma transformação muito grande, tinha acabado de mudar à capital que ate então era Vila Boa, passando para Goiânia, e sendo uma região onde já encontrava vários parentes. E onde ainda encontrava terras boas e de menor custo. Resolvendo eles mudarem para Goiás e escolhendo a região de Anápolis.

Em março de 1937, as duas famílias mudaram para Goiás, para tentar uma nova vida. Eles vieram de trem de ferro, partindo da estação de Catiara, próximo a cidade de Serra do Salitre próximo a Patrocínio, cidade em Minas Gerais.



Esta estação tanto José Pinto como seu cunhado José Firmino conheciam muito bem. Eles tanto um como o outro sempre estavam indo ate lá quando tinha que levar alguma coisa para vende ou buscar suas necessidades.

 O motivo da procura da região de Anápolis foi porque já tinham vários parentes nesta região. Lá estava morando uma irmã do Firmino, o pai de José Firmino e Firmina, a Maria Cândida de Jesus (Maria Rita), com o esposo Olímpio Antônio Ribeiro, com todos seus familiares que tinha começado a mudar para Goiás partir de 1933 a 1935. Também uma irmã do pai da Divina esposa do José Firmino a tia Cota que tinha mudado para Goiás em 1931.

 Em Anápolis já tinha sido fundado o Hospital Evangélico Goiano pelo médico e missionário evangélico pernambucano de origem inglesa, Dr. James Fanstone, sendo na sua época a mais moderna instituição de saúde do centro oeste brasileiro.

 Também em 1935 tinha chegado à estrada de Ferro em Anápolis

 Goiás estava passando por uma transformação muito grande estava mudando à capital do estado que ate então era Vila Boa, passando para Goiânia.
   
Firmina e José Pinto chegando a Goiás, já foi logo comprando suas terras, também no município de Anápolis, na fazenda Pindobal. Próximo a um povoado onde era muito movimentado, era ponto de parada dos viajantes que transitava passando na estrada que ligava Anápolis a Goiânia á nova capital de Goiás.

 Neste local já tinha também alguns comércios com muitas variedades era conhecida por Corruptela da Linguiça. O motivo do nome corruptela da Linguiça era por ser um lugarejo peque e apena ponto de almoço e café, naquele tempo não existiam as casas de carnes como hoje. A carne mais usada neste local era a de porco caipira que era muito abundante na região. Hoje este local de 1937 é a Cidade de Goianápolis considerada a capital do tomate no Estado de Goiás.

Em 6 de janeiro de 1938 nasceu o quarto filho do casal Firmina e José Pinto,  primeiro a nascer em terras goianas, dessa vez um menino, Manoel Pinto de Oliveira.

 Dois anos depois, em 09 de fevereiro de 1940, veio o quinto e ultimo filho do casal, Gessy Alves de Oliveira.

Firmina e José Pinto com seus netos

 Também em 1942 o casal Firmina e José Pinto mesmo tendo tido muito sucesso e alegrias lá em sua fazenda no município de Anápolis, estava sentindo muito só com seus filhos distante dos irmãos da Firmina,  o José e João Firmino.

Eles tiveram uma grande oportunidade surgindo um comprador para sua Fazenda lhes fez muito boa proposta. Foi um bom negocio, venderam a fazenda recebendo também no negocio um carro de bois. Quem foi buscar o carro em Anápolis para Itaberá foi o João Anselmo filho do Sr. Manoel Anselmo.

Firmina e a família mudaram também para a fazenda São Bento, próximo de Itaberaí. Lá onde estava morando seus irmãos José e João Firmino e varias outras famílias. Inclusive muitos mineira, que também já tinha mudado para lá, após a visita feita por José Firmino em Minas Gerais isto em 1940, muitos outros mineiros de sua região também passaram a mudar para Goiás e indo morar na região de Itaberaí, inclusive seus cunhados,  irmãos da Divina.

A região de Itaberaí era muito boa, mas nem todos poderiam comprar fazenda nesta região, o motivo era que o terreno já estava muito valorizado.

 José Firmino era um homem que não pensava só nele e em sua família mais próxima, queria de uma forma ou de outra estar sempre ajudando a todos os parentes e os conhecidos ele tinha preocupação com todos. Neste ano já era 1943 então surgiu uma noticia e sendo ela verdadeira seria uma grande oportunidade para todos que lá morava.

A região de Itajubá um povoado que estava surgindo em uma região conhecida por muitos por motivo de ser onde existiam muitos garimpos nas bacias dos rios: Pilões e Rio Claro estes garimpos estava sendo explorados desde 1748. Mas como fazenda não era exploradas as terras ainda estava baratas, José Firmino não mediu esforços foi preparando para encontrar pessoas que fosse com ele lá para conhecer.

Em Itajubá já morava dois mineiros oriundos também do Alto Paranaíba. O Sr. Antônio Galvão com a família. Sua esposa era a Dona Divina, que tinha uma irmã, a Maria Luiza de Jesus. Maria Luiza era casada com o Jorge Pereira da Silva (Jô),  irmão da Brasilina Rosa de Jesus,  a sogra de José Firmino.  Também o José Quirino que era primo de Manoel Anselmo. Então foram escolhidos para esta averiguação o José Firmino e o Manoel Anselmo e com eles o Julinho que era ainda muito jovem, mas muito disposto e afilhado de Manoel Anselmo.

 Foi uma ótima viagem muito produtiva foram muito bem recebidos pelas famílias procuradas inclusive o chefe político da região o Sr. Israel de Amorim. Teve apenas um pequeno contra tempo, a mula do Julinho adoeceu e teve que ser substituída por um cavalo que foi realizado com o senhor Antônio Galvão. A viagem sendo muito produtiva já deixando lugar demarcado para suas novas moradias. Quando retornaram, José Firmino não mediu esforços, vendeu sua propriedade junto com sua irmã, a Firmina e José Pinto o João Firmino e muitos outros.

Em julho 1943 partiu a primeira caravana de mudanceiros. O primeiro grupo foi com quatro carros de bois.  José Gonçalves com toda sua família, filhos e genros com dois carros de bois sendo um seu e o outro de seu concunhado Manoel Anselmo. Ficando combinado que eles voltariam para a segunda caravana o mais rápido possível.

 Os carreiros foram  o do carro de José Gonçalves,  foi ele o carreiro juntamente com os filhos e genros. O carro de seu concunhado, o carreiro o seu sobrinho João Anselmo,  tendo como candeeiro o Manoel conhecido por Manoel da Fia, sua mãe era a dona Fia da Leocádia.

Os outros dois carros, um de José Firmino sendo ele o carreiro, o outro de seu cunhado José Pinto o carreiro sendo o Sr. José Juca.

 Os carreiros e candeeiros eram revezados com os adultos que fazia parte das mudanças. Os carros eram ocupados pelas poucas coisas que estavam sendo levadas e também às crianças. As mulheres com crianças de colo acompanhavam os carros hora no carro ou em montarias acavalo. Nestes quatro carros estava tudo que as famílias achavam necessário na nova moradia.

Foram varias famílias que fizeram parte nesta primeira caravana, José Gonçalves com toda sua família, José Firmino, João Firmino com a Sebastiana, que estava no oitavo mês de gravidez de seu segundo filho, uma moça, a Madalena . José Pinto, José Juca e vários outros com suas famílias.

 Foram vários dias de viagem não tinha uma estrada direta, seguia passando por algumas fazendas, já existente ao longo de toda a trajetória. Chegando ao destino final foi hora de preparar as novas moradias.

José Gonçalves, na Cachoeirinha com o Córrego Seco, que em 2016, ainda era de seus descendentes.

 Abraão genro de José Gonçalves também José Juca foram morar na mesma fazenda próximo um do outro seguindo a margem direita do Córrego Seco.

 José Firmino um pouco mais acima e do lado esquerdo.

 José Pinto nas margens esquerda e direita do córrego Cachoeirinha, na região conhecida por Mata,  onde em 2016 é de seu filho Manoel Pinto de Oliveira.

João Firmino na Fazenda do Sr. Antônio Galvão.

Tinha ficado para trás Manoel Anselmo e sua famílias. Os filhos de Manoel Anselmo, João Domingues de Araújo (João Anselmo),  foi um dos carreiros da primeira caravana e seu irmão o Boaventura Domingues de Araújo, e seus irmãos o Josino e o Juquinha também vieram na primeira caravana.

 O João Anselmo que era um dos carreiros voltou para ajudar na outra caravana. Os outros filhos de Manoel Anselmo ficaram para ajudar na construção das moradias e no preparo da roças já estava vencendo o período de preparação para o  plantios das roças.

 Boa Ventura que entendia de carpintaria,  contribuía na construção de todas as casas a ser construídas. Construiu a de seu pai, enquanto seu irmão João Anselmo e seu candeeiro Manoel, da Fia da Leocádia, e o seu tio José Gonçalves tendo como candeeiro o filho (Zeca) voltou com os carros de bois para buscar o restante das famílias que tinha ficado.

E estavam vindo também outras famílias que não eram mineiros, mas também estava acompanhando os mesmos para a nova terra.

Não era tão longe, mas gastavam vários dias de viagem. As criações gado e a tropa de montaria ficaram para trás. Depois de acabar de preparar todas as roças e seus plantios foi à época de buscar o gado e a tropa.

Formaram vários cavaleiros, tinha tropa e gado de todos que tinha vindo e lá foram eles para busca. Foi uma festa com tantos cavaleiros, sendo vários dias de viagem de ida e volta. Quando chegaram com todas estas criações, estava sendo concluída toda transferência daquelas famílias de mineiros e outros.

 Chegando a Itajubá, uma cidade recém-iniciada e sendo uma grande caravana, o chefe político da cidade, Sr. Israel de Amorim, foi ate eles e todos que poderia adquirir sua terra, e lhes vendeu.

Os que não compraram foram morar nas terras dos que compraram, porque todos consideravam ser da mesma família.

 Todos foram assentados na fazenda Tamanduá. José Pinto, Manoel Anselmo, José Quirino, Eurígeno e outros na Fazenda Buriti.
João Firmino na Cachoeirinha, fazenda de Antônio Galvão.
 Jose Gonçalves também na fazenda Tamanduá, local denominado cachoeirinha em sua propriedade.
José Firmino em sua propriedade.
 José Juca, Abrão, André e seu pai Posidônio, o Toca e seus filhos, uma família muito animada que gostava de tocar violão e cantar  no Córrego Seco.

Todos foram muito bem sucedidos com a mudança para Itajubá. O José Pinto que adquiriu uma fazenda só de mata na fazenda Tamanduá na beira do córrego cachoeirinha e começou a derrubar matas para plantios e formar pastagens. Fez uma boa casa com um quintal com muitas plantações de fruteiras, laranjas, tangerino, abacateiros, mangueiras,bananeiras e muitos outros em seu quintal. Tinham quase de tudo. Em outro local na fazenda formou um cafezal e junto dele fez um bananeiral e mandiocal canavial para fazer a rapadura e o açúcar de forma. Criava o gado e das vacas tirava o leite fazia o queijo, o requeijão.

Criava os porcos para ter a carne e o óleo que era usado na comida, a galinhas caipiras para obter os ovos e o frango caipira para ter a carne. Firmina e José Pinto trabalhavam muito estava sempre derrubando matas para prantar suas roças para ter o milho o arroz, o feijão o café e também formar pastagens para criar o gado e tudo mais.

Quando os filhos chegaram à idade de frequenta escola a Firmina foi com eles para a Cidade, Itajubá já tinha mudado o nome para Iporá. Ela permanecia quase sempre na cidade com os filhos, mas sempre dando assistência na fazenda ajudando no que fosse possível.

O José Pinto Filho, conhecido apenas por José Pinto, sempre na fazenda cuidando das criações e das roças. No período de feria normalmente os filhos também iam com a mãe para a fazenda e retornando somente no período escolar.

 Firmina faleceu em 10/08/1980.

O José Pinto faleceu em 20/03/1994.


A maior parte destes relatos foi feito por João Anselmo que foi um dos que mais participou como carreiro nestas mudanças. João Anselmo já faleceu,  porem sua esposa, a dona Lilia,  filha do Sr José Quirino e os filhos e netos em 2016 continuam morando em Iporá.